10 de mar. de 2014



                Nascido em Amersfoort (Holanda) em 1951, Kas Oosterhuis estudou arquitetura na Universidade de Tecnologia de Delft, onde atualmente é professor e diretor do grupo de pesquisas Hyperbody, centro de estudos para arquiteturas não convencionais e interativas. Em sua carreira, já lecionou na Architectural Association - AA em Londres e em universidades e escolas de arquitetura e design em todo o mundo, além de ter trabalhado com Theo van Doesburg em Paris, juntamente com a artista Ilona Lénárd.

               A entrevista realizada em Dezembro de 2012, na sede do Hyperbody em Delft na Holanda, aborda assuntos relativos aos processos de projetos digitais, como o design paramétrico, o Hyperbody e o lançamento de seu livro “First Decade of Interactive Architecture”. Também responde questões referentes ao Protospace Lab e a Swarm Theory.

             Oosterhuis nos explica sobre o Hyperbody, termo inventado em 2000, que introduz a interatividade não só no processo de design colaborativo, mas também durante o uso e manutenção de edifícios. Hyperbody olha para todas as fases do ciclo de vida dos edifícios e as conseqüências econômicas e ecológicas, com foco no desenvolvimento de novas ideias e aplicações práticas para a arquitetura interativa. 

             Em seu livro, “First Decade of Interactive Architecture”, encontramos ideias de que o arquiteto deve ser responsável não apenas por ter uma ideia, mas também por torná-la executável, acreditando que a engenharia deveria fazer parte da arquitetura. O livro possui artigos, projetos de estudantes, dissertações – trabalhos do hyperbody. Para Kas, “você pode fazer qualquer coisa desde que funcione”, ou seja, tudo na arquitetura é válido desde que tenha um bom resultado e se encaixe com as necessidades. Em sua obra ainda encontramos como devemos agir na próxima década dentro da arquitetura, tendo o controle de todas as etapas do projeto que desenvolvemos, desde o pensamento até a construção.

               Somos também apresentados ao Protospace Lab, um laboratório que possui componentes que são inteligentes. “Nós deveríamos começar a pensar do começo, que é: cada coisa deve ser tomada como um elemento que compõe o edifício” afirma Kas, “cada componente individual tem um cérebro que se comunica com seus vizinhos”. Dessa maneira percebemos que não se pode analisar um componente de um edifício de maneira isolada, e sim dentro de um contexto, de um conjunto. Cada um desses componentes individuais se comunicam com os vizinhos e exercem influência sobre tais. Podem possuir inteligência e velocidades diferentes, mas todos atuam juntamente como agentes no edifício. Tendo isso em mente, conseguimos entender um pouco melhor sobre a “Swarm Theory”, que o arquiteto também nos apresenta, que simplificadamente se refere a uma maneira de lidar com sistemas artificiais e naturais compostos de vários componentes individuais, focando no comportamento coletivo que resulta de interações locais de indivíduos um com o outro e com o ambiente.

                 Sobre a famosa frase de Mies van der Rohe “menos é mais”, Oosterhuis nos diz que não há razão para termos uma série de janelas, cadeiras, ou colunas iguais em uma edificação, pois atualmente temos tecnologia suficiente para customizar, ou seja, para produzir séries de objetos únicos, componentes únicos. Não há como justificar que todos os elementos de um prédio sejam iguais. “Menos é mais” não é mais válido aqui. Na composição da arquitetura atual, temos tanta liberdade para alterar os diferentes elementos de nosso projeto que também sentimos a necessidade – e quase a obrigação – de não nos apoiarmos na uniformidade desses elementos, aproveitando o avanço tecnológico e a possibilidade de trabalharmos juntamente com programas que tornam isso possível.

              “Tudo o que deve ser pensado é dinâmico. O processo é dinâmico e o contexto é dinâmico” afirma Oosterhuis, “tudo o que evolui é baseado na conectividade”. Sendo assim, fica claro que assim como os elementos das edificações devem ter uma conectividade, nós como profissionais também devemos aplicar essa ideia da conectividade em nossas relações. Temos que atuar em conjunto como seres humanos, onde cada um possui seu papel no processo, promovendo uma maior troca de informações. Designer, arquiteto, engenheiro, todos possuem a capacidade de alterar e de opinar igualmente, sem um sistema de hierarquia, permitindo a troca de dados e a evolução da ideia.

9 de dez. de 2013


Exercícios propostos para os programas Photoshop (ou Gimp) e Corel Draw. Clique nas imagens para ampliá-las.


3 de dez. de 2013


Render do exercício anterior usando o plugin V-Ray para SketchUp. Clique nas imagens abaixo para ampliá-las.




27 de nov. de 2013



Continuação do trabalho anterior, agora com os pavimentos encaixados um sobre o outro com lajes e telhado. Para fazer o download clique aqui para fazer o download.


20 de nov. de 2013


 Modelagem do trabalho anterior no SketchUp, com os dois pavimentos mobiliados. Clique aqui para fazer o download.

8 de nov. de 2013



Continuação do trabalho anterior com a adição de cotas e cortes. Clique aqui para visualizar e fazer o download.

25 de out. de 2013



Aplicação dos comandos aprendidos no AutoCad no desenho de uma residência de dois pavimentos. Clique aqui para visualizar e fazer o download.